A leitura do profeta Miquéias nos revela um Deus que não guarda rancor e cuja misericórdia é maior que qualquer pecado. Ele apascenta o Seu povo, conduzindo-o com amor e fidelidade. O trecho reforça a esperança de que Deus sempre nos concede novas chances e não nos abandona, pois lança nossas faltas no mais profundo mar do esquecimento.
Evangelho (Lc 15,1-3.11-32)
A famosa Parábola do Filho Pródigo nos convida a refletir sobre o amor incondicional do Pai Celeste. O filho mais novo representa aqueles que se afastam de Deus, mas que, ao reconhecerem seu erro, são acolhidos de volta com festa e alegria. O filho mais velho, por outro lado, reflete uma atitude de rigidez e falta de compaixão, muitas vezes encontrada nos que julgam ter uma conduta irrepreensível.
A figura do pai é a chave dessa história: ele não impõe condições para perdoar, apenas ama. Seu coração transborda de alegria com o retorno do filho que estava perdido. Isso nos ensina que o amor de Deus é sempre maior do que qualquer falha que possamos cometer. A misericórdia divina está sempre disponível para aqueles que desejam recomeçar.
Reflexão
Neste tempo quaresmal, somos chamados a um profundo exame de consciência. Como temos vivido nossa relação com Deus? Temos sido como o filho pródigo, que se afastou e desperdiçou suas bênçãos, mas que depois reconheceu seu erro e voltou? Ou nos parecemos mais com o filho mais velho, que se prende ao orgulho e à falta de perdão?
A Quaresma é o tempo ideal para voltarmos ao Pai, confiantes de que Ele nos espera de braços abertos. Devemos também aprender a ser mais misericordiosos com os outros, perdoando e acolhendo com generosidade, assim como o Pai nos acolhe.
Que possamos, nesta jornada rumo à Páscoa, abrir nossos corações para a conversão verdadeira, reconhecendo nossas falhas, mas também confiando no infinito amor e misericórdia de Deus. Amém!