No Dia Nacional do Circo, nesta quinta-feira (27), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE) comemora a arte do picadeiro que, além de entreter públicos de todas as idades, também é uma forma de negócio que movimenta a economia. Por meio do Banco do Povo, empreendimentos circenses podem conseguir microcrédito produtivo com condições facilitadas para investir ou ampliar seus negócios.
Um exemplo é o da empreendedora e artista circense Marcela Borges de Alencar Sabetta. Junto com a sócia Gabriele Bueno Zanollo, ela possui uma escola de artes circenses em São Carlos, no interior paulista, e conseguiu o crédito do BPP recentemente para melhorar o espaço físico, fundado em 2009. O local oferece aulas de tecido acrobático, lira, trapézio fixo, acroyoga e yoga.
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Com o valor do financiamento, as duas puderam instalar aparelhos de ar-condicionado e películas nas janelas da escola. O objetivo foi proporcionar conforto térmico e um ambiente propício para o aprendizado e a prática dos exercícios.
“O processo de conseguir o empréstimo do Banco do Povo foi simples e valeu a pena. Por causa do calor que tem feito, creio que, se não tivesse investido na compra desses aparelhos, a sala estaria muito quente, afetando a saúde dos alunos”, diz Marcela.
A empreendedora conta que o circo era um hobby que se tornou profissão. Ela deixou um cargo público para se dedicar exclusivamente a dar aulas circenses e não se arrepende.
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“Fui ginasta e sempre amei saltar e dar piruetas. Na adolescência, busquei algo que me fizesse sentir livre, e aos 22 anos encontrei os aéreos circenses, que me deram a sensação de voar sem asas. Desde então, essa paixão só cresce. O que mais me encanta é o empoderamento que essa atividade traz para mim e meus alunos. Não me arrependo da mudança profissional”, compartilha Marcela.
Empreendedores do mundo do circo

De 2023 a 2025, considerando os dois primeiros meses deste ano, o BPP desembolsou R$ 306,3 milhões em 20.384 operações, que abrangeram diversas áreas.
No estado de São Paulo, há 175 empresas registradas que correspondem à categoria de Produção de Espetáculos Circenses, de Marionetes e Similares. Destas, 150 são microempresas, 18 são de pequeno porte (EPP) e sete se enquadram em outras categorias, conforme dados do Data Sebrae.
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Segundo a União Brasileira de Circo Itinerantes (UBCI), existem cerca de 100 circos no estado, 10 escolas de circo profissionais e aproximadamente 50 lonas culturais que utilizam a linguagem circense como ferramenta de inserção social.
“É fundamental os empreendedores do setor circense – seja de lona, escola ou atividades de rua – conhecerem o crédito do Banco do Povo, que auxilia no desenvolvimento dos micro e pequenos negócios”, afirma Myrian Prado, subsecretária de empreendedorismo e produtividade da SDE.
Linhas de crédito
O BPP oferece condições facilitadas, com juros menores que os praticados pelo mercado, visando apoiar a criação e o crescimento de negócios como o de Marcela Borges.
São três linhas de crédito: Empreenda Rápido, Empreenda Mulher e Empreenda Afro, com valores entre R$ 200 e R$ 21 mil. Além disso, os participantes fazem um curso de capacitação empreendedora, promovido gratuitamente pelo Qualifica SP e pelo Sebrae, para aprender ou se aperfeiçoar na gestão do seu negócio.
Para saber quais são as unidades conveniadas ao Banco do Povo, conferir a lista dos documentos necessários para solicitar o microcrédito e as taxas de juros, basta acessar a página do Banco do Povo Paulista, no site da SDE.
Agência SP