No Domingo de Ramos, a Igreja celebra solenemente a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Essa celebração marca o início da Semana Santa, momento central da fé cristã, que culmina com a Páscoa da Ressurreição.
Primeira Leitura (Is 50,4-7)
O profeta Isaías descreve a figura do Servo Sofredor, que mesmo diante da dor, do escárnio e da perseguição, permanece firme, sustentado por Deus. Ele não reage com violência, mas oferece as costas às chicotadas e o rosto aos bofetões. Sua confiança está em Deus, que é seu auxiliador. Essa leitura antecipa a paixão de Jesus, que se entrega por amor, sem resistência.
Segunda Leitura (Fl 2,6-11)
O hino cristológico presente na carta aos Filipenses revela o mistério profundo da encarnação e da redenção. Jesus, sendo Deus, se fez homem, assumindo a condição de servo, e foi obediente até a morte na cruz. Como resposta, Deus o exaltou, para que todo joelho se dobre diante de seu nome. Essa passagem nos convida à humildade, ao seguimento e à entrega total ao projeto do Pai.
Evangelho (Lc 19,28-40)
Jesus entra em Jerusalém montado em um jumentinho, sinal de humildade e paz. A multidão o aclama como Rei, proclamando: “Bendito o que vem em nome do Senhor!”. No entanto, essa mesma multidão que o louva, dias depois o condenará à cruz. Essa contradição revela a fragilidade do coração humano e a profundidade do amor de Deus, que mesmo assim, segue até o fim, sem recuar.
Reflexão
O Domingo de Ramos nos coloca diante da escolha entre a superficialidade da aclamação vazia e a profundidade do discipulado autêutico. Seguir Jesus é mais do que entoar hinos; é caminhar com Ele na entrega, na dor, na cruz e na esperança da ressurreição. Somos convidados a meditar sobre nossa fidelidade ao Cristo: estamos com Ele apenas nos momentos de festa ou também no silêncio do Getsêmani?
A liturgia de hoje nos impulsiona a confiar no Senhor, mesmo nas adversidades, e a reconhecê-Lo como o verdadeiro Rei que não impõe, mas convida. Ele é a Luz que dissipa as trevas, o Servo que salva com o amor, o Deus que caminha ao nosso lado até a cruz, para que possamos ressuscitar com Ele.
Que esta Semana Santa seja um verdadeiro caminho de conversão, amor e entrega.