Reflexão para o Sábado da 5ª Semana da Quaresma

Na caminhada quaresmal, a Liturgia de hoje nos oferece uma mensagem de esperança, reconciliação e unidade, ao mesmo tempo em que nos convida a contemplar o plano salvífico de Deus que se cumpre em Jesus Cristo.

Primeira Leitura (Ez 37,21-28)

O profeta Ezequiel transmite uma promessa poderosa de Deus: Ele mesmo irá reunir o seu povo disperso e fará deles uma só nação. É uma palavra de consolo para um povo exilado, mas também para todos nós, que em tantos momentos experimentamos divisões internas e externas. Deus não deseja o nosso afastamento, mas a nossa unidade com Ele e entre nós. A promessa de uma aliança eterna, de uma morada definitiva com Deus, antecipa o mistério pascal de Cristo, que nos une como irmãos.

Evangelho (Jo 11,45-56)

O Evangelho apresenta as consequências do grande milagre da ressurreição de Lázaro: enquanto muitos creem em Jesus, os líderes religiosos veem nele uma ameaça. A lógica do poder humano contrasta com o plano de Deus. Caifás, sem perceber, profetiza que “é melhor que um só homem morra pelo povo”. Com essas palavras, ele antecipa o sacrifício de Cristo, que morre por toda a humanidade.

Mesmo diante da ameaça de morte, Jesus se recolhe, mas permanece atento ao tempo do Pai. Ele sabe que sua hora se aproxima, e a cruz se avizinha como o caminho necessário para que a promessa da vida nova se cumpra.

Reflexão

Hoje somos convidados a nos unir a esse projeto divino de reconciliação e paz. Quantas vezes nossas divisões, julgamentos e interesses pessoais impedem que a presença de Deus se manifeste entre nós? A Quaresma é o tempo propício para deixar que o Senhor nos reúna, nos purifique e renove a aliança que Ele deseja selar com cada um.

Que possamos, como discípulos, permanecer com Jesus mesmo nos desertos da vida, confiantes de que Ele caminha conosco e nos prepara para a ressurreição.

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